Foi a maior surpresa que o G. teve naquele aniversário. Não temos por hábito perguntar-lhe o que quer de prenda de anos ou de Natal, preferimos sempre uma boa surpresa. Mas junto com a PSP que ganhou, vinha uma lista de regras a cumprir.
Mais importante de todas: Nunca jogar mais de uma hora por dia. Segunda mais importante: Nunca jogar depois de jantar. Em relação a jogar à noite, foi fácil de convencer, já estava habituado desde muito pequenino a vir para junto de mim, os dois na caminha rodeados de livros, a ler belas histórias. Mas claro que aquela hora por dia era muito curta para a curiosidade de experimentar os jogos que tinha ganho. Acabámos por arranjar um conta-minutos em forma de bola de futebol, para ele achar mais piada, e a coisa lá deixou de ser stressante.
Criamos uma lista de pontos positivos (lavar os dentes, vestir sozinho, ter as suas coisas arrumadas, etc.) e pontos negativos (fazer birra, responder torto, não fazer o que lhe mandavam, etc.) e, conforme a contabilização do dia anterior, jogava, não jogava, ou jogava só metade do tempo. Esta lista foi fabulosa, não só por causa da consola, mas porque, a dada altura, ter muitos pontos positivos já era uma meta, já nem se importava tanto com o facto de poder jogar, mas mais em ter uma contagem imaculada.
A pouco e pouco, as regras que tínhamos imposto e das quais o nosso G. não gostava especialmente, foram sendo respeitadas sem resistência e com alguma naturalidade. Uma vez por outra, baixávamos a guarda, por exemplo, se tivéssemos de ir a alguma consulta, para não lhe custar tanto a espera, levava a PSP e um livro, ia alternando entre os dois, não vinha grande mal ao mundo se jogasse mais uns minutinhos... Quando recebia um jogo novo, como é natural, perdia mais tempo a descobrir como se jogava, qual era o objetivo, etc., também dávamos uns minutinhos extra.
Um dia estávamos no supermercado e, como as filas estavam imensas, deixámo-lo jogar. Chegámos à caixa e a funcionária olhou para ele e disse, com algum pesar, que o filho dela passava o dia inteiro agarrado à consola e que ninguém lha conseguia tirar das mãos. A cara do G.!!! O dia inteiro??? Para ele, era inconcebível que alguém pudesse jogar assim tanto tempo, ou melhor, que os pais deixassem! Explicámos à senhora o nosso método e ficou admirada, mas sublinhámos que provavelmente só funcionava porque tínhamos imposto aquelas regras desde o primeiro dia.
Hoje em dia, já não temos lista, nem conta-minutos e, nas férias, permitimos que jogue um pouco se lhe apetecer... desde que durante a época escolar cumpra com os seus horários de descanso. Mas, como em tudo, o bom-senso tem de imperar, não quer dizer que possa passar uma noite inteira a jogar.
Como é aí por casa? É difícil 'descolá-los' da consola? Cá por casa confesso que é por fases. Às vezes é capaz de estar meses literalmente sem pegar na consola (agora já usa muito menos a PSP, usa mais a PS3), mas de repente dá-lhe uma febre de matar saudades. E nessas 'febres', lá têm de vir os pais 'ditadores' sacar do bom-senso ;)
Meu video game tem mais de 15 anos e ainda funciona, acredita?
ResponderEliminarLua do Meu Mundo da Lua
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Foi uma boa compra!! :D
EliminarAdorei o seu blog, espero 'vê-la' por cá mais vezes :)
Nós jogamos videogame de vez em quando aqui em casa!!
ResponderEliminarbeijos
onlyinspirations.blogspot.com.br/
Muitas vezes também fazemos equipa com o filhote, um bom jogo em família pode trazer muita diversão :)
EliminarBeijinho
Parabéns teve uma atitude que infelizmente muitos país não têm, impor limites nunca fez mal a ninguém◕‿↼
ResponderEliminarBeijinhos*
JoviModa
♥
Beijinho grande minha querida :)
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