Lisboa molhada em dia de circo :o)

Choveu que se fartou neste último fim de semana, aqui pela zona de Lisboa e arredores. A vontade de ficar por casa no quentinho (e sequinhos!!) era mais que muita, mas tínhamos bilhetes para o Circo do Coliseu, que o pai traz todos os anos de oferta do emprego. Tocou-me a mim rumar com o G. ao Coliseu de Lisboa, que o pai estava a trabalhar.  

Ir para o centro de Lisboa de transportes, num dia em que São Pedro resolveu despejar toda a água cá para baixo, é uma aventura. Saímos do autocarro no Marquês de Pombal e o G., como adora andar a pé, pediu para irmos de passeio, em vez de apanharmos o Metro. Eu também prefiro descer a Avenida a andar, mas em dia de chuva, é uma estafa. A calçada toda desnivelada que se enche de poças, as passadeiras mais pareciam rios com tanta água que por lá corria, enfim, só pensava em chegar depressa ao destino antes de ficarmos todos encharcadinhos que ainda íamos demorar a voltar para casa e podermos trocar roupa e calçado. 

Chegámos cedo, ainda faltavam mais de trinta minutos, mas felizmente as portas já estavam abertas, pudemos entrar, sem fila ainda, e escolher um bom lugar. Eu confesso que não sou grande amante de circo, mas já gosto um bocadinho mais desde que foram acabando com os números de animais, que sempre me custou imenso imaginar como são obrigados a treinar os seus números vezes sem conta e como muitas vezes passavam fome e tinham de andar sempre de um lado para o outro. Palhaços também não é lá muito a minha praia, mas já equilibristas, contorcionistas, malta dos baloiços, das piruetas e dos saltos mortais, esses sim já me enchem o olho. Mas para as crianças é sempre um grande espectáculo, se bem que o G., do alto dos seus 10 anos já vai mostrando o seu aguçado espírito crítico.

Entrámos às 10h30, saímos já depois das 13h e, maravilha das maravilhas, a chuva havia parado e o sol começava a dar o ar da sua graça. Rumámos ao Rossio para um almoço rápido e resolvemos ir esticar as pernas pela baixa.

   

Lisboa é uma cidade tão linda que mesmo molhada se enche de encanto. A comprová-lo, magotes de turistas com quem nos cruzámos. Ouvia-se falar espanhol por todo o lado, até parecia que estávamos no país vizinho.   

Voltámos para casa muito mais animados do que quando saíramos, porque fomos com chuva a cântaros e regressámos com sol, um espectáculo animado e um passeio muito bem dado que nos soube pela vida :)

Também costumam ir ao Circo nesta quadra de Natal? Eu confesso que não tinha esse hábito, só depois do G. nascer e depois dele já ter 4 anos, como tínhamos os bilhetes, começámos a levá-lo. É sem dúvida algo mágico mas a mim, mais até do que as performances em si, encanta-me imaginar quanto tempo aqueles artistas tiveram de perder para que tudo pudesse sair perfeito, a entreajuda que existe entre todos os artistas que compõem a companhia e a ambivalência de funções que todos têm, um artista não se limita a executar o seu número. Para o ano há mais!! :o)