Happy birthday... to me!!

Hoje, 17 de Dezembro de 2016, entrei na "ternura dos quarenta". Como é óbvio, preferia estar a entrar nos vinte anos, mas tenho de me resignar e aproveitar o estatuto com tudo o que de bom (quero acreditar!!) me possa trazer. Quanto às coisas menos boas, as maleitas físicas e da alma, quero crer que as conseguirei fintar sem dramas.

Como muitas das minhas amigas passaram recentemente esta fasquia, tenho ouvido com frequência várias reclamações acerca do passar dos anos que, a partir de certa altura, parece acontecer com uma velocidade frenética. Mas, a bem da verdade, hoje sinto-me exatamente igual a ontem e a anteontem. Ao ano passado e ao ano antes desse.  Se gostava de ter uns aninhos a menos? Pois gostava! Se iria ser tão feliz e completa sem o meu marido e o meu filhote ao meu lado? Nunca. Por isso não trocava os meus quarenta anos por nada deste mundo, mesmo que tenha entrado nesta nova década da minha vida desempregada, o que já não acontecia desde que me licenciei e comecei a trabalhar.

Neste último ano tive muitos momentos felizes e marcantes, consegui emagrecer 20kg, o que me deu uma nova vida e um novo alento, mas também vi partir alguém que teve um papel marcante na minha vida desde que nasci e cuja vida o cancro ceifou sem dó nem piedade. E é por isso mesmo que para mim, o piorzinho de avançar na idade não é o que me pode acontecer a mim, mas é sim ver partir aqueles de quem gosto e que me conhecem desde que nasci. É muito angustiante. Tudo o resto se há-de suportar mais ou menos bem.

Por isso, tudo o que desejo ao entrar na minha quadragésima década de existência, é que consiga enfrentar todos os obstáculos que a vida me ponha pelo caminho, que consiga também ajudar os que me estão próximos a ultrapassar os deles. Que cada ruga signifique um passo em frente, que cada cabelo branco seja sinal de luta e perseverança, que os meus braços não se baixem nem quando a tormenta for forte. Assim, cada novo aniversário será um troféu e não um peso sobre a minha cabeça.