A dias de mandarmos os nossos piolhos para o início de mais um ano escolar, eis que somos brindados com notícias saídas na imprensa acerca da escassez de funcionários nas escolas públicas. Já não basta stressar com as compras de livros e material escolar, preparar roupas e descobrir que as calças estão todas curtas, as mangas das camisolas não chegam onde deveriam chegar, os casacos parecem ter encolhido, e que os sapatos deviam ter mais um centimetrozinho... porque durante o verão, os pestinhas dão um verdadeiro salto de trampolim... Mais as mudanças de escola que por vezes são inevitáveis e que nos dão sempre um friozinho no estômago, mesmo quando lhes garantimos, cheios de certezas, de que a nova escola é mais gira, mais animada, cheia de gente simpática...
Neste limbo de emoções pré-início de novo ano letivo, a última coisa que me apetecia ouvir era que faltam à volta de seis mil funcionários nas nossas escolas. Se é mau quando as aulas começam e há meninos sem esta ou aquela disciplina, a falta de auxiliares de ação educativa pode ser igualmente desastrosa.
Ninguém fica descansado sabendo que o seu filho vai para uma escola onde não há funcionários suficientes para vigiarem tudo o que se passa, principalmente durante os intervalos. Às vezes penso que é quase por milagre que não acontecem mais acidentes e perturbações nos recreios das nossas escolas, bem via na escola básica onde o meu filho completou os 4 anos do 1.º ciclo, um recreio péssimo de terreno acidentado, pouquíssimos auxiliares para tantas crianças, não sei como não aconteceram mais desgraças...
Este método de contratar os funcionários ao ano, este ano vais para esta escola, no ano seguinte vais para outro, não me parece benéfica para ninguém porque, salvo em raras excepções, as crianças só terão a ganhar com funcionários que já conhecem bem a comunidade escolar, que já estarão de sobreaviso para esta ou para aquela situação.
E aí por casa, as escolas dos vossos filhos também costumam sofrer do mesmo mal? Quais são as vossas maiores preocupações?